sábado, 20 de dezembro de 2008

Ambientalista antropocêntrica

Sim, sou uma ambientalista antropocêntrica. Só consigo pensar na preservação do ambiente com o Homem presente neste. A Terra como planeta não necessita de descartar a espécie humana para ter uma harmonia ambiental. Será que existe algum ambientalista no mundo, com um neurónio em bom estado, que consiga parar e interrogar-se: afinal eu ando aqui a lutar pela preservação de tesouros naturais em nome de quem e do quê, e para quem? A quem interessa que eu faça isso? Será apenas à azinheira, ao sobreiro ou às sequóias, ao milhafre, ao falcão e aos papagaios exóticos, à cobra-de-água e ao saca-rabos que interessa o meu esforçado trabalho? Não andarei por acaso eu a guardar um tesouro que um dia (e na verdade já actualmente) só a nova geração vindora irá poder usufruir? E serei eu assim tão importante para, depois do trabalho feito, ser poupado e ter direito com os meus filhos a um lugar dentro das muralhas do castelo ecológico nascente? Ou será que, depois do trabalho feito e de já não precisarem mais de mim, acabarei por ser descartado sem qualquer utilidade como um objecto obsoleto? Haja pois esperança de que ao menos um ambientalista pare para reflectir estas minhas palavras. E todos juntos construiremos um mundo melhor, com o máximo de harmonia ambiental que sirva para termos também um bom presente e claro um melhor futuro.

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